Francisco, Bruno Manuel Luciano


Titulo: Os actores militares e os acordos de paz em Angola (1975-2002) ''um estudo exploratório''

Autor: Francisco, Bruno Manuel Luciano

Orientador: Helder Pedro Alicerces Bahu

Ano: 2020

Palavras-Chave:

Resumo:

O presente trabalho, faz uma análise sobre os Actores Militares e os Acordos de Paz em Angola, após se tornar uma Nação Independente a 11 de Novembro de 1975 face ao colonialismo Português, esteve mergulhada numa guerra civil que durou cerca de vinte sete anos. Este conflito, opôs as forças do exército do governo angolano (FAPLA) e as forças do exército da UNITA (FALA) e da FNLA (ELNA), num espaço de tempo compreendido entre 1975 – 2002. Salienta-se que, após a Independência de Angola, houve apenas uns poucos meses de paz em Novembro de 1975, e dois interlúdios instáveis de paz relativa em 1991-1992 e 1994-1998. Com efeito, o conflito angolano era inevitável e as suas linhas de força foram os factores políticos internos. Embora, até o fim da Guerra Fria, tenha tido o envolvimento externo, nomeadamente da África do Sul, do Zaire, da China, de Cuba e das duas superpotências, designadamente dos EUA e da ex- URSS que, ao longo deste conflito, apoiaram uma e outra força. A trajectória das negociações de paz em Angola, desde a Conferência de Gbadolite aos Acordos de Bicesse, desde o Protocolo de Lusaka até à assinatura do Memorando de Entendimento de Luena, foi longa e complexa, obtendo-se resultados positivos graças à boa vontade política e militar das duas partes em conflito, bem como a activa intervenção pacífica de países observadores no sentido de ultrapassar alguns obstáculos. Ressalva-se que, o fim do conflito armado em Angola foi no dia 4 de Abril de 2002, com o Memorando de Entendimento de Luena, após a morte em combate do líder da UNITA, Jonas Malheiro Savimbi, a 22 de Fevereiro de 2002.